A Casa B10: uma experiência de três anos

Sílvia Cardoso – homify Sílvia Cardoso – homify
Aktivhaus B10, WERNER SOBEK WERNER SOBEK Moderne eetkamers
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Em 1927, Estugarda recebeu uma exposição de arquitectura moderna – a Weissenhofsiedlung - que veio revolucionar a indústria da construção: os projectos criados por vários arquitectos famosos à escala mundial demonstrou como podíamos construir e viver no futuro. Partes da Weissenhofsiedlung foram destruídas durante a guerra e reconstruídas posteriormente – com excepção de uma parcela de terreno em Bruckmannweg que ficou sem uso desde 1945. Nesse local, ergue-se agora uma moradia progressiva e orientada para o futuro que foi concebida para demonstrar como os materiais, as construções e as tecnologias inovadoras podem melhorar o nosso mundo. O projecto de pesquisa, baptizado como B10, a abreviatura para o endereço Bruckmannweg 10, é o primeiro projecto de uma casa activa no mundo. 

Graças a um novo conceito de energia  e a um sofisticado sistema preditivo, a casa gera o dobro da energia que consome, e tudo através de fontes sustentáveis.

Vamos conhecer este projecto do gabinete Werber Sobek.

​Inovação

Sobre a casa, Frank Heinlein, responsável pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Estugarda, afirmou o seguinte: “para mim, os aspectos mais importantes são a interactividade e a inteligência do programa informático. Os materiais e a construção não são os elementos decisivos. O mais relevante é o facto de a casa pode pensar e poder ajudar-nos a canalizar a energia numa determinada área”.

A premissa sobre a qual se sustenta esta casa é verdadeiramente impressionante. A casa produz energia capaz de alimentar a rede pública, um edifício de um museu da vizinhança ou, por exemplo, para carregar a bateria de um carro eléctrico. O conceito é conhecido como “triplo zero”, isto é, a casa não gasta energia, não produz lixo, nem polui.

​Uma experiência

Como mencionámos, esta não é uma casa normal, mas sim uma experiência. Ao longo da vida útil do projecto – três anos -, o consumo e gasto de energia e outros dados úteis para a pesquisa serão ininterruptamente medidos e ajuizados pelo departamento Lightweight Structures and Conceptual Design (ILEK) da Universidade de Estugarda.

​Modular

A casa propriamente dita pode ser definida como pequena. Trata-se de uma casa modular que foi pré-fabricada em duas partes antes de ser transportada e colocada em Estugarda no terreno que lhe estava destinado. A casa é reciclável quase na totalidade e usa poucos adesivos tóxicos para se manter segura. 

Thorsten Klaus, engenheiro na alphaEOS, uma das companhias a trabalhar no projecto, descreve o edifício como inteligente e sustentável. Para além disso, encara-o como sendo a materialização de uma nova forma de pensar na revolução da energia renovável. 

Inicialmente, a casa foi usada como escritório, passando depois a ser habitada por dois estudantes que viveram nela durante um ano.

Construção com inovação

A um edifício como este tinham, necessariamente, de estar inerentes inovações no que diz respeito à sua construção. Entre outras, salientamos que se usaram apenas 17 mm de espessura de vidro em toda a fachada. Para além disso, instalou-se tecnologia pré-fabricada e paredes feitas totalmente de madeira reciclável.

​Formato

A casa tem um formato simples e funcional. O cubo alongado é interrompido por largas aberturas que incluem o exterior no conceito de design do interior. No interior, o design é contemporâneo e consistente com o exterior.

​Fim da fase de investigação

Concluída a fase de pesquisa, está previsto que a casa seja totalmente demolida e construída noutro local ou reciclada a 100%.

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