Antiga escola transformada em Casa da Cultura

Sílvia Cardoso – homify Sílvia Cardoso – homify
Casa da Cultura Barrosas, Gabriela Pinto Arquitetura Gabriela Pinto Arquitetura Moderne studeerkamer
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É do interesse de nós todos, enquanto cidadãos, que se reabilitem os edifícios existentes em vez de construírem novos. É melhor para as cidades e para a economia, é um passo certo na direcção da preservação do património e o meio-ambiente agradece. As cidades portuguesas, nas últimas décadas, têm crescido com descontrolo. Constrói-se em catadupa e de forma descomedida, parece não existir um plano territorial e os centros das cidades envelhecem e ficam esvaziados de tudo e de todos. 

Este é, sem dúvida, um assunto que está na ordem do dia e que é agenda política. Na homify, este problema não nos passa ao lado e ficamos, por isso, felizes quando chegam até nós projectos de requalificação. Hoje, vamos mostrar-lhe como uma antiga escola primária, da vila de Barrosas, município de Felgueiras, foi recuperada e transformada numa Casa da Cultura. O projecto é da autoria do gabinete Gabriela Pinto Arquitetura

Venha ver as fotografias do antes e ao depois.

Antes: uma escola primária abandonada

Encetamos este livro de ideias com uma fotografia da antiga escola primária (Escola Básica das Cruzes) que se encontrava em evidente mau estado de conservação. O imóvel terá sido construído aquando da reestruturação do sistema de ensino entre as décadas de 1940 e 1960 (Estado Novo). Como podemos constatar, trata-se de um edifício de dois andares cujas fachadas urgiam uma intervenção. Ainda assim, a estrutura principal ainda estava intacta, pelo que se percebia bem que ali tinha sido uma escola. 

Segundo a própria Câmara Municipal de Felgueiras, este projecto surgiu no âmbito do plano de adaptação de escolas inutilizadas como consequência da requalificação do ensino básico. Após a recuperação, a escola passou a servir a região em termos culturais, educativos e sociais. Foi, por certo, uma iniciativa criativa e pedagógica. 

Vamos ver como ficou.

A escola depois da intervenção

Eis a escola após a intervenção da arquitecta. É evidente a preocupação que houve para se manter o carácter tradicional do edifício que foi apurado e, assim, perpetuado. A fachada foi reparada e pintada de branco, as janelas quadriculadas foram substituídas por janelas modernas e lisas e as portas vermelhas rematam o conjunto, introduzindo-lhe um contraste que torna o edifício mais apelativo. Colocou-se, também, um novo telhado. 

O programa da Casa da Cultura abrange um foyer, um auditório multifuncional (com 100 m²), duas salas de exposições (com 50 m² cada) e, ainda, uma zona de arrumos, três instalações sanitárias e espaços exteriores adicionais. 

No interior

Foram-nos apenas cedidas duas fotografias do interior do edifício que são, não obstante, suficientes para percebermos que a traça tradicional foi também aqui respeitada, embora surja complementada por características mais modernas como é o caso do piso em microcimento e dos pontos de luz que atravessam o tecto rústico com vigas de madeira. 

O espaço, que recebe generosos fluxos de luz natural, tem tudo o que é necessário para receber diferentes actividades como colóquios, seminários, conferências, exposições, encontros de escritores, visionamento de filmes, entre outras. Em frente a esta mesa, há uma série de cadeiras Charles & Ray Eames para acomodar a plateia. 

Veja aqui mais locais de eventos.

A importância de requalificar

A transformação não passou apenas pela recuperação do edifício. Pelo contrário, o espaço foi ampliado. O valor total da obra, com equipamentos incluídos, inclusive mobiliário, foi de 198.647,80€. A requalificação foi importante para a região na medida em que veio mitigar o fosso cultural entre a vila e os maiores centros urbanos. Esta ideia vai no sentido daquilo que reforçámos na introdução. 

E agora? Ainda acha que construir do zero é sempre a melhor opção?

- Veja aqui mais uma requalificação: De prédio histórico a loft super moderno!

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